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Advogados que trabalham no futebol criticam mudanças no direito de imagem

07/03/2016 Advogados que trabalham no futebol criticam mudanças no direito de imagem

O aumento da mordida da Receita Federal nos contratos de direito de imagem dos jogadores foi criticada por advogados que trabalham no futebol. Para eles, o maior rigor deveria se voltar contra os clubes que fraudam as leis trabalhistas transformando salário em imagem. Os representantes disseram que, se a medida for implementada, na prática não vão mais aceitar este tipo de contrato.

Para o advogado João Chiminazo, que representa Alexandre Pato, entre outros, a atitude é insana.

"Trata-se de uma atitude insana do governo em querer arrecadar. O jogador é obrigado a aceitar ser contratado dessa forma. Se não aceitar, não fecha o contrato. O governo deveria combater esta fraude das leis trabalhistas", disse.

Aldo Giovanni Kurle é outro que vê dessa forma. Ele conta que grande parte dos contratos são feitos com 90% dos valor oferecido ao atleta em forma de imagem e somente 10% em carteira, como salário. Para ele, o pagamento de direito de imagem no Brasil é feito de forma equivocada.

"Na maior parte das vezes, quem se beneficia da imagem é o atleta. Se ele vai jogar no Real Madrid e fecha um contrato com um patrocinador, o jogador é quem está se beneficiando da imagem do clube. Ele está sendo procurado por estar no clube. No Brasil, os clubes pagam porque querem fugir dos encargos. E os juízes trabalhistas entendem dessa forma também", afirmou.

Segundo ele, a forma de contrato pode mudar a partir de agora: "Vou desaconselhar meus atletas a aceitarem receber por direito de imagem. Só o atleta sai perdendo com isso".

O movimento Bom Senso, que representa jogadores de futebol, foi procurado, mas informou que ainda está discutindo a nova medida do governo internamente. 

Fonte: ESPN

03/09/2015